terça-feira, 12 de novembro de 2013

PRINCIPAIS ORDENS DE IMPACTO SOBRE OS TRANSPORTES

IMPACTOS SOBRE A MOBILIDADE URBANA, O ELEVADO E SUA IMPORTÂNCIA PARA “MOBILIDADE URBANA” NO CORAÇÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO.

IMPACTOS SOBRE A MOBILIDADE URBANA

O elevado da Perimetral forma, juntamente com a Av. Rodrigues Alves e vias complementares, um dos elos fundamentais de um sistema viário crucial no coração da metrópole.
Esse sistema atende aos deslocamentos com origens e destinos, de um lado, na Zona Sul e Centro, e do outro, na Zona Norte, Subúrbios da Central e da antiga Leopoldina, Zona Oeste, Baixada Fluminense, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí,Maricá, Rio Bonito, Região dos Lagos e Serrana, além de plagas mais distantes. E inclui importantes vias como as pistas do Aterro, a Ponte Rio-Niterói, a Av. Brasil, a Linha Vermelha, a Linha Amarela, e as BR 040, 101 e 116.O referido conjunto (Perimetral, Av. Rodrigues Alves e vias complementares) serve, principalmente, ao “tráfego de passagem” (aquela parcela do tráfego que não tem origem nem destino na área).                                          


CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO DECISÓRIO PARA DERRUBADA DO ELEVADO DA PERIMETRAL.

O pesar pelo que setores da sociedade carioca consideram a falta da formação
de um entendimento social amplo e prévio para tomada de tão drástica e radical decisão.As reais implicações e possibilidades de convivência do elevado com o projeto “Porto Maravilha”. Exemplos de convivência de elevados feios com áreas urbanas valorizadas.Sentimento de ausência de um debate público sobre formas alternativas de se equacionar a questão estética com a incorporação do elevado ao projeto, o que conduziu à escolha da opção mais extremamente radical, ou seja, a derrubada do elevado. 


POR QUE TANTA PREOCUPAÇÃO COM OS EFEITOS DA DERRUBADA DO ELEVADO SOBRE MOBILIDADE, SE A PREFEITURA GARANTE QUE VAI SUBSTITUIR A INFRAESTRUTURA EXISTENTE POR OUTRA COM MAIOR CAPACIDADE DO QUE A ATUAL ?

Pelas seguintes razões, além do sentimento de ausência de uma discussão ampla e prévia, com a sociedade devidamente informada, sobre a decisão política de derrubar o elevado:Primeira - os planos urbanísticos no Brasil não têm sido generosos com o imperativo da mobilidade. Historicamente, nossos projetos de desenvolvimento urbano subestimam, e muito, as necessidades de espaço viário (vide Plano Lucio Costa para a Barra da Tijuca). Segunda - a importância do projeto “Porto Maravilha”, as dimensões da intervenção projetada e os claros indícios de insuficiência do sistema viário proposto para atendimento ao tráfego de passagem na área, apesar das declarações em contrário.

A QUESTÃO METROPOLITANA E A MOBILIDADE URBANA: O QUE O RIO DE JANEIRO TEM DE DIFERENTE?

No caso da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), o chamado Grande Rio, a questão do transporte público torna-se ainda mais premente (NERI, 2010). Trata-se do estado mais metropolitano da federação, que concentra 74% dos postos de trabalho de todo o estado, sendo 41% na capital e 33% espalhados nos municípios da periferia, segundo dados do CENSO de 2010. Os resultados gerais revelaram que o cidadão fluminense está entre os que levam mais tempo se deslocando de sua casa até o local de trabalho. Segundo a pesquisa, que pela primeira vez inclui esta informação, 23,1% dos maiores de 10 anos com alguma ocupação no estado levam mais de uma hora para chegar ao trabalho. A abela 1 mostra que distribuição das pessoas por faixa de tempo de deslocamento de casa ao trabalho na região metropolitana do Rio de Janeiro é praticamente idêntica a de São Paulo, diferentemente da média brasileira e de Curitiba. 

IMPACTOS DA DERRUBADA DO ELEVADO SOBRE A ATIVIDADE PORTUÁRIA NO RIO De JANEIRO

A singularidade da Revitalização da Área Portuária do Rio de Janeiro A
revitalização da região portuária do Rio de Janeiro deve ser analisada à luz de uma singularidade: ao contrário dos principais casos de revitalização de zonas portuárias no mundo (Londres, Barcelona, Baltimore, San Francisco, Buenos Aires e outros), onde a intervenção se deu em partes desativadas ou praticamente desativadas do porto, no Rio, a revitalização está ocorrendo junto a instalações portuárias ainda fortemente operacionais. O Cais da Gamboa, ao longo da Av. Rodrigues Alves, com mais de três quilômetros de extensão, e cerca de duas dezenas de berços de atracação, é a parte mais antiga do porto -apesar de não possuir uma infraestrutura moderna, é ainda um cais operacional, com produtividade aceitável para algumas cargas importantes para a cidade, o estado e o país.



Nenhum comentário:

Postar um comentário